Obras contaminadas com veneno

Na tentativa de proteger o acervo, seus guardiões borrifavam veneno a fim de evitar o ataque de traças e cupins. Foto: Jan Ribeiro
Na tentativa de proteger o acervo, seus guardiões borrifavam veneno a fim de evitar o ataque de traças e cupins. Foto: Jan Ribeiro

Uma estrutura foi montada, na evolução dos trabalhos dentro do Arquivo Provincial Franciscano, para higienizar livros importantes que possuem uma curiosidade: em seu interior há veneno. Isso mesmo! Estima-se que, nessas obras do século XVIII, era colocado veneno para evitar o ataque de xilófagos e outros insetos.

Vinte e quatro livros já foram higienizados, até agora. Algumas obras foram escritas à mão. É o caso do “Livro de Óbitos” com nomes de religiosos franciscanos que morreram documentados por membros da Ordem Franciscana. Também, “Obras Acadêmicas e Outras Várias Prosas e Versos e Estatutos da Província de Santo Antônio do Brasil”, obra datada de 1709, escrita por Frei Jaboatão.

Para diminuir o tempo de contato dos técnicos em restauro com o veneno dentro das obras, o processo de higienização mecânica está sendo realizado com a ajuda de um aspirador de pó fixado na estrutura que foi instalada dentro do Arquivo.

Para evitar o contato com o veneno, o procedimento está sendo realizado com um aspirador de pó
Para evitar o contato com o veneno, o procedimento está sendo realizado com um aspirador de pó, fixado no topo da mesa. Foto: Jan Ribeiro