Sobre a Província

A Província Franciscana foi a primeira a realizar atividades no Brasil quando, ainda, se chamava terra de Santa Cruz. No período de 1500 a 1583, vieram ao Brasil nove grupos de missionários franciscanos de Portugal, Espanha e Itália. Eles permaneceram nos estados de Pernambuco e Santa Catarina sendo a fundação da primeira Custódia Brasileira de Santo Antônio, em 13 de março de 1584, iniciativa de Jorge de Albuquerque, governador de Pernambuco, e Maria da Rosa, terciária franciscana regular de Olinda.

Foi em 12 de abril de 1585 que os oito fundadores da Custódia chegaram a Olinda. A atividade principal dos franciscanos referia-se à catequese dos índios nas missões pernambucanas de Olinda, Itamaracá, Itapissuma, Ponta de Pedras, Siri, Tracunhaém, Iguna e nas missões paraibanas de Porto de Pedras, em Alagoas, Almagra, Guirajibe, Joane, Mangue, Praia, Santo Agostinho, Jacoca, Assunção e Piragibe.

Até 1647, a Custódia de Olinda dependia da província de Portugal que elegia os superiores e tomava as decisões mais importantes. Foi no dia 18 de abril do mesmo ano que o Papa Inocêncio X conferiu à Custódia autonomia e, dez anos mais tarde, ela foi elevada à categoria de Província. Em consequência da Invasão Holandesa, a Província de Santo Antônio se espalhou por outros estados do Brasil como Rio de Janeiro e Salvador.

Após o decreto de Dom Pedro II, em 1845, que proibia a chegada de noviços, vários conventos foram fechados e o número de religiosos diminui chegando ao ponto de, em tempos de República, somente haver nove franciscanos no país. Foi, então, que integrantes da Província Franciscana da Santa Cruz da Saxônia, na Alemanha, vieram ao Brasil para restaurar o quadro de frades brasileiros. A partir de 1901, nota-se a multiplicação deles, especialmente, nas regiões Norte e Nordeste.

Atualmente, todos os estados do Nordeste possuem equipes vocacionais em todas as Paróquias que estão sob responsabilidade dos franciscanos. Em sua estrutura geográfica, há oito conventos cuja construção remonta à época colonial. Eles estão localizados nas cidades de Olinda, Recife, Ipojuca, Sirinhaém (Pernambuco), Penedo (Alagoas), Salvador, São Francisco do Conde e Cairu (Bahia). Todos eles são tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e estão sob responsabilidade do Departamento Provincial de Patrimônio Histórico.

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